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Nigéria aceita oferta dos EUA por aviões de ataque Super Tucano

Negociação havia sido adiada pelo governo Obama, que acusava os nigerianos de terem bombardeado um campo de refugiados; contrato é avaliado em US$ 593 milhões Thiago Vinholes | Airway O governo dos Estados Unidos concordou formalmente em vender à Nigéria 12 aviões de ataque A-29 Super Tucano e armamentos compatíveis com a aeronave desenvolvida pela Embraer, informou a agência Reuters . O contrato é avaliado em US$ 593 milhões, cerca de R$ 1,8 bilhão. O Super Tucano é fabricado pela Embrar em Gavião Peixoto e nos EUA, em parceria com a Sierra Nevada (FAB) O processo de venda das aeronaves, iniciado no ano passado, havia sido adiada pelo governo de Barack Obama, em uma de suas últimas decisões como presidente, que acusava o país da África Ocidental de ter bombardeado um campo de refugiados em janeiro deste ano, que deixou 52 mortos e mais de 200 feridos. Após a posse de Donalt Trump, no início deste ano, a negociação foi retomada e desta vez aprovada. A Nigéria alega que os Su

Filipinas encomenda seis aviões de ataque Embraer Super Tucano

Primeiras aeronaves serão entregues a partir de 2019; avião militar brasileiro já foi selecionado por 14 forças aéreas pelo mundo


Thiago Vinholes | Airway

A Embraer anunciou nesta quinta-feira (30) um novo cliente para o A-29 Super Tucano. O avião de ataque leve e treinamento avançado produzido Brasil foi selecionado pela Força Aérea das Filipinas (PAF, na sigla em inglês), que encomendou seis unidades da aeronave. Segundo a fabricante, as entregas começarão a partir de 2019.

Além da FAB, o Super Tucano também é operado pelas forças armadas de outros 11 países (Embraer)
O A-29 pode ser armado com uma grande variedade de armamentos, como mísseis e bombas guiadas a laser (Embraer)

O pedido pelos Super Tucano faz parte do plano de modernização da PAF. As aeronaves da Embraer, que vão substituir a antiga frota filipina de bimotores Rockwell OV-10 Bronco, serão utilizadas no país asiático em missões de apoio aéreo tático, ataque leve, vigilância, interceptação de aeronaves hostis e operações contra-insurgência. O valor da negociação não foi divulgado.

“Estamos orgulhosos de sermos selecionados pela Força Aérea das Filipinas, nosso segundo operador na região da Ásia-Pacífico, e pela confiança expressada por nossos clientes”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. O outro cliente nessa região citado pelo executivo da Embraer é a força aérea da Indonésia.

O principal concorrente do Super Tucano na fase final do processo de seleção da PAF foi o Beechcraft AT-6 Wolverine.

Super Tucano pelo mundo

O Super Tucano, versão “anabolizada” do Tucano, estreou com a Força Aérea Brasileira (FAB) em 2004 e hoje é o avião militar mais exportado do Brasil, com mais de 100 unidades comercializadas no exterior.

Além da FAB, maior operador do Super Tucano com mais de 80 aeronaves na frota, o turbo-hélice da Embraer também voa com as forças aéreas do Afeganistão, Angola, Burkina Faso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, Líbano, Mali, Mauritânia, República Dominicana e dos EUA, que possui um esquadrão para treinamento de pilotos americanos e estrangeiros.

A aeronave desenvolvida no Brasil também é produzida em Jacksonville, nos EUA, pela Sierra Nevada Corporation, fabricante parceira da Embraer. Os modelos finalizados nessa planta são oriundos de pedidos negociados pelo governo norte-americano em processos de ajuda militar a outros países, como foram os casos recentes dos A-29 entregues às forças aéreas do Afeganistão e Líbano.

O avião fabricado pela parceira entre a Embraer e a Sierra Nevada ainda concorre no importante programa AO-X da poderosa força aérea dos EUA, que busca um novo avião de ataque leve e treinamento avançado. O processo de seleção pode render um contrato de compra para mais de 300 aeronaves avaliado em US$ 1,2 bilhão.


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